sábado, 28 de fevereiro de 2009

A gota de água...


Há alturas que me apetece dar um grito, dizer basta, encher um espaço com palavrões, espernear, bater em algo (um saco de boxe, por exemplo), talvez colocar-me em cima de algo bem alto e “partir a loiça toda”...(idéias de revolta, exaustão, irritabilidade)
Mas depois de ter essas vontades, pergunto-me:
- Vale a pena?
- De que me adianta?
- No final não ficará tudo na mesma? Aliás, as únicas coisa que ficariam diferente seriam eu sem voz e com dores nas mãos, pois de resto achariam que eu sou uma tontinha e precisar de tratamento psiquiátrico e como tal ninguém me levaria a sério.

A verdade é que se o desabafo for feito da maneira mais correcta e educada, o resultado poderá ser será aquele ditado...
“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”

Não com gritos, nem palavrões e até mesmo sem pancadaria ou escandaleira, mas não desistam de lutar por aquilo que acreditam e têm direito!

Este meu post tem como origem, este post do Paulofski que me levou a repensar nas atitudes diárias que passamos, as insignificantes e as mais importantes!

8 comentários:

Lita disse...

Grandes textos, o teu e o dele!
Gostei muito. Obrigada. :)

Moonwisher disse...

Sabes, às vezes é bom dar o corpo ao manifesto...e bater em algo é bom e faz bem!
Claro que pode não ser conveniente...(ainda nos chamam de loucos) mas no fim, embora não resolva o assunto, sentimos um alivio estranho...talvez cansaço mas que é muito agradavel.
Por isso força...dá-lhe...desabafa...vais ver se irás te sentir muito melhor!
Bons textos...os dois!

Miepeee disse...

As vezes sabe bem exteriorizar a raiva que nos consome, uns palavroes mas dentro de casa que eu nao sou dada a peixeiradas :)
Beijinho e bom domingo.

Pitanga Doce disse...

Olha, nunca gostei de brigas nem de gritos. Acho que é "pela beirinha que se come o mingau". Não vou atrás dessa treta de crise que só serve para fazer a pauta dos jornais e acobertar quem já era mau carater antes dela. Mas acontece que quando a pedra dura que te fura o sapato está próximo a ti, é difícil segurar "a louça toda".

bom domingo

V. disse...

Não li o texto do Paulofski, apenas o teu. E se muitas vezes penso como tu, que não adianta de nada uma explosão dessas, em outras penso que uma explosãosinha de vez em quando pode servir para evitar uma explosão muito maior no sítio errado à hora errada junto das pessoas erradas.
É como a Terra aliviar aos poucos a sua carga sísmica: todos nós precisamos de aliviar.
O modocomo o fazemos pode ser deteminante para o alívio ou não.

Mas sempre respeitar os outros para que não percamos o respeito por nós mesmos.

Bj :)

Ƭ. disse...

não é no grito que resolvemos nos diferenças, certíssimo!!

bju gde!

teresa

Patti disse...

Então, estou uns dias fora e chego aqui e encontro-te aos gritos?

Para evitar explosões tão radicais, nada melhor do que colocar os pontos nos ii's sempre que possível; esclarecer; não engolir sapos; jogar de frente; não dar margem para dúvidas.

paulofski disse...

Ser deste jeito calmo e pragmático é normal. Evidentemente que há ocasiões em que só dá me vontade de "explodir", mas o pavio é longo.

Grato por teres referido esse texto e só hoje dei conta disso, sou mesmo um palerma.