Começo o dia com as pressas do costume...
Bolas, já passa da hora de levantar, mas a cama estava a saber tão bem...Vamos levantar!
Gafanhoto, já está na hora!
Enquanto trato das coisas do pequeno almoço e depois dos animais, vou relembrando o Gafanhoto que ainda falta vestir isto ou aquilo, e que falta lavar a cara, não vá ele esquecer também que o pequeno almoço já está na mesa e que convém ir calçado para a escola com botas ou ténis em vez de pantufas ou chinelos.
Depois trato de me arranjar, lavar, vestir-me e tratar daquelas coisas de mulher, um risco nos olhos, um rímel, só para disfarçar, pois hoje não tenho tempo para a maquilhagem completa!
Revejo, se o lanche do gafanhoto está pronto para ele levar, preparo o meu, faço a distribuição dos ditos pelas malas respectivas e sem não deixar de dar mais uma volta pela casa, para ver se não falta mais nada, sigo em direcção ao elevador. Mesmo aí ainda estou a rever o que fiz para ver se não me ficou a faltar nada.
Depois toca de levar o Gafanhoto à escola, só depois disto é que começa a verdadeira viagem...percorrida pelos transportes públicos, com diversas pessoas, umas dormem, outras leiem, outras ouvem música com uma altura de som que dá para identificar a música que estão a ouvir, outras escrevem nos PDA’s, também há quem leia as noticias pelos ombros do dono do jornal e há quem passe o tempo a ouvir a conversa dos outros.
Nesta altura tento colocar os “phones” do meu mp4 nos ouvidos e tento sem sucesso ouvir as minhas músicas, aquilo que me inspira e que me transmite o meu equilíbrio num espaço totalmente desequilibrado...mas o barulho é tanto que desisto, pois caso contrário teria que colocar o som basicamente no máximo e aí quem não ia gostar nada eram os meus tímpanos!
Pego num caderno e numa caneta e tento escrever algo de construtivo, quando no meio de toques de telemóvel e outros sons, existem duas pessoas que acham que toda a carruagem deve ficar a saber coisas das suas vidas :s
Pois é...se ao menos fossem vidas interessantes ou educativas, sei lá, algo cativante e que valesse a pena, mas afinal era uma mãe solteira que tinha muitos processos em tribunal por dizer palavrões (inclusivamente a juizes e advogados) e por desrespeitar a lei, por ser mãe solteira têm-na “libertado” do facto de poder ir mesmo presa, cumprindo apenas horas de trabalho comunitário (claro que ela também descrever quase ao pormenor que trabalhos comunitários eram esses)
Esta é uma das razões pela qual costumo ir poucas vezes ao cabeleireiro...pois não gosto de saber “gratuitamente” e de forma forçada a vida dos outros!
De regresso a coisa já foi diferente...até eu ter tirado do meu saco uma caixa com cereais, aí uma senhora com uma idade respeitável chega-se ao pé de mim e diz:
“- Oh menina, sabe, eu tenho disso lá em casa, mas não gosto de comer isso assim cru! Como é que isso se como sem ser assim?”
E pronto, a partir daqui a coisa foi igual, falei com a senhora, com todo o respeito e fiquei a saber a vida dela, desde França até ter ido ao médico e ele não ter receitado o medicamento que ela queria.
Resumidamente...o regresso acabou por ser mais produtivo, apenas e só pelo facto de a senhora em causa ser uma pessoa com uma idade respeitável e por viver sozinha neste mundo! Já para não falar que apesar de ser conversadora não falava para uma carruagem inteira...
Bolas, já passa da hora de levantar, mas a cama estava a saber tão bem...Vamos levantar!
Gafanhoto, já está na hora!
Enquanto trato das coisas do pequeno almoço e depois dos animais, vou relembrando o Gafanhoto que ainda falta vestir isto ou aquilo, e que falta lavar a cara, não vá ele esquecer também que o pequeno almoço já está na mesa e que convém ir calçado para a escola com botas ou ténis em vez de pantufas ou chinelos.
Depois trato de me arranjar, lavar, vestir-me e tratar daquelas coisas de mulher, um risco nos olhos, um rímel, só para disfarçar, pois hoje não tenho tempo para a maquilhagem completa!
Revejo, se o lanche do gafanhoto está pronto para ele levar, preparo o meu, faço a distribuição dos ditos pelas malas respectivas e sem não deixar de dar mais uma volta pela casa, para ver se não falta mais nada, sigo em direcção ao elevador. Mesmo aí ainda estou a rever o que fiz para ver se não me ficou a faltar nada.
Depois toca de levar o Gafanhoto à escola, só depois disto é que começa a verdadeira viagem...percorrida pelos transportes públicos, com diversas pessoas, umas dormem, outras leiem, outras ouvem música com uma altura de som que dá para identificar a música que estão a ouvir, outras escrevem nos PDA’s, também há quem leia as noticias pelos ombros do dono do jornal e há quem passe o tempo a ouvir a conversa dos outros.
Nesta altura tento colocar os “phones” do meu mp4 nos ouvidos e tento sem sucesso ouvir as minhas músicas, aquilo que me inspira e que me transmite o meu equilíbrio num espaço totalmente desequilibrado...mas o barulho é tanto que desisto, pois caso contrário teria que colocar o som basicamente no máximo e aí quem não ia gostar nada eram os meus tímpanos!
Pego num caderno e numa caneta e tento escrever algo de construtivo, quando no meio de toques de telemóvel e outros sons, existem duas pessoas que acham que toda a carruagem deve ficar a saber coisas das suas vidas :s
Pois é...se ao menos fossem vidas interessantes ou educativas, sei lá, algo cativante e que valesse a pena, mas afinal era uma mãe solteira que tinha muitos processos em tribunal por dizer palavrões (inclusivamente a juizes e advogados) e por desrespeitar a lei, por ser mãe solteira têm-na “libertado” do facto de poder ir mesmo presa, cumprindo apenas horas de trabalho comunitário (claro que ela também descrever quase ao pormenor que trabalhos comunitários eram esses)
Esta é uma das razões pela qual costumo ir poucas vezes ao cabeleireiro...pois não gosto de saber “gratuitamente” e de forma forçada a vida dos outros!
De regresso a coisa já foi diferente...até eu ter tirado do meu saco uma caixa com cereais, aí uma senhora com uma idade respeitável chega-se ao pé de mim e diz:
“- Oh menina, sabe, eu tenho disso lá em casa, mas não gosto de comer isso assim cru! Como é que isso se como sem ser assim?”
E pronto, a partir daqui a coisa foi igual, falei com a senhora, com todo o respeito e fiquei a saber a vida dela, desde França até ter ido ao médico e ele não ter receitado o medicamento que ela queria.
Resumidamente...o regresso acabou por ser mais produtivo, apenas e só pelo facto de a senhora em causa ser uma pessoa com uma idade respeitável e por viver sozinha neste mundo! Já para não falar que apesar de ser conversadora não falava para uma carruagem inteira...
13 comentários:
Sempre senti pena (infelizmente é a palavra, não gosto de a usar, mas é) das pessoas idosas que não têm ninguém com quem desabafar...
Bom dia!
Fizeste-me recordar os meus tempos de estudante, as rotinas não mudam...
Eu conseguia ter a capacidade de ligar o meu walkman (ainda nao havia nada destas cisas!! Estou velha, eheh) e ler ou estudar ou escrever.
A minha rotina passa agora por levantar, comer, dar uma volta pr aqui e às vezes ter que arrastar o cão para fora de casa porque ele quer ficar a dormir, vejam bem! Maquilhagem é uma coisa que não uso, não tenho paciência nem para a pôr nem para a tirar depois.
E as senhoras que se vão a maquilhar no ocomboio??
Bjokas
Uma viagem de idae volta, graças a Deus não fazes viagens de "leva e traz".
Agora ao ler este post senti-me uma privelegiada porque pensei quando foi a ultima vez que andei nos transportes públicos e já nem me lembro...faz tantos anos.
Felizmente vivo muito perto do meu emprego, dá para ir a pé. Se uso o carro é porque tenho que levar o meu filho á escola que fica precisamente no lado oposto da cidade...de resto pouco ou nada preciso de carro.
Quote: "(...) outras ouvem música com uma altura de som que dá para identificar a música que estão a ouvir (...)"
É... tenho uma amiga que, às vezes, no comboio diz o seguinte: "Esta gente não é nada egoísta. Até partilham os mp3s!"
E antes do teu dia ser preenchido com esta viagem, fizeste de certeza outras e esta um dia também vai terminar e irás começar outra ainda e muitas mais virão.
A vida muito rápido.
é o stress, mulher! o stress!!!!
Os transportes públicos têm essa desvantagem das pessoas falarem alto e acharem que é tudo deles. Mas tem vantagens, como conversas que por vezes são estabelecidas (+- interessantes) e não ter de ir a conduzir em pára e arranca. Tenho saudades de fazer viagens assim :)
por aqui ainda se vive sem grande agitação, sem recorrer a transportes quer sejam públicos ou mesmo o privado!
tenho tempo para ir pôr os meun ninos na escola, tomar um café com calma e ir para o emprego...a viagem de regresso é igual...sem correrias, tranquila!
gosto desta minha calma...
beijinho
Borboleta não tenho tido tempo para a blogosfera, mas fico contente por te ver atarefada e cheia de energia... beijoca
Borboletinha, por onde esvoaças, moça??
:)
Bjokas
Histórias do quotidiano e da vida e assim a vida até tem outro sabor.
Muito bom.
E não há podres na vida dela que queiras partilhar connosco aqui???
Ohhhh... vá lá.....
;o)
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